Design orientado por simulação: viável ou inviável?

Os engenheiros de hoje vivem uma situação bem complexa. Com todas as novidades e informações novas a cada instante, os produtos atuais são cada vez mais complexos. Eles geralmente combinam funções mecânicas e elétricas com o código do software. Para atender aos requisitos de desempenho, os engenheiros devem levar em consideração muito mais fatores que não precisavam ser considerados antes. E, como sempre é necessário projetar rápido com menor custo.
Manter o equilíbrio entre tudo isso não é nada fácil, mas o design orientado por simulação pode ajudar muito.
 

O que é design orientado por simulação?


Normalmente, a simulação é a última etapa no desenvolvimento do produto. Tradicionalmente os engenheiros utilizam a análise para validar o projeto, quando já está quase pronto. Nesse momento o design já está definido. Os resultados da análise podem destacar problemas e sugerir possíveis modificações, mas o design não costuma mudar muito.
O design direcionado através da simulação aproxima a simulação do front end do processo. Sendo assim as equipes de engenharia não precisam aguardar o final do projeto para receber as análises e feedbacks. Em vez disso, eles analisam ao projetar, permitindo avaliar como um design afeta a função do projeto rapidamente. Isso possibilita feedback imediato e de extrema importância para orientar as decisões de design. Também trás a possibilidade de testar e experimentar outros designs, para que seus projetos finais sejam mais inovadores e ainda atendam a todas as especificações.
Empresas que utilizam o design orientado por simulação aceleram eficientemente os ciclos de design. Evitando rodadas extras de prototipagem, teste e reduzem o número de requisições de mudança pós-lançamento que frequentemente dificultam outros ou novos projetos de design.
O design orientado por simulação não substitui a análise especializada final necessária para verificar o desempenho no final do projeto. Mas permite que os engenheiros otimizem projetos e testem soluções à medida que projetam, em vez de esperar a resposta dos analistas após a conclusão de um projeto.
O design orientado por simulação é um caso convincente. Porém, as implementações dessa poderosa ferramenta podem variar bastante. Vejamos três maneiras principais de fazer isso.
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CAD-CAE híbrido, análise conduzida por engenheiros


Neste método, os engenheiros desenvolvem e executam as simulações com ferramentas que oferecem uma mistura de recursos de projeto auxiliado por computador (CAD) e engenharia auxiliada por computador (CAE). O software permite desenvolver a geometria de seus projetos, analisar o desempenho e fazer modificações em loops. Após fazer essas alterações, eles podem executar mais simulações e continuar com as iterações até desenvolverem e até aperfeiçoarem seu design.
Os engenheiros vão precisar de pouco ou nenhum treinamento para usar esses recursos de análise. As simulações são mais simples e direcionais do que as simulações formais e altamente detalhadas geralmente executadas por analistas. Ainda assim, eles não precisam esperar pelo feedback dos analistas, para dar andamento no processo de design.
A análise liderada por engenheiros oferece aos designers mais liberdade, mas também exige que eles tenham o conhecimento e as habilidades para criar e analisar seus projetos.
 

Ferramentas específicas de aplicativos, simulações iniciadas por engenheiros


Nessa abordagem, os engenheiros realizam análises com ferramentas especializadas e específicas de aplicativos. O aplicativo é desenvolvido por analistas especializados para configurar e executar uma simulação específica, como ruído, vibração e aspereza de um mecanismo.
Esses aplicativos aproveitam a automação e entradas padronizadas para produzir uma análise repetitiva e altamente precisa. Eles facilitam o trabalho dos engenheiros de conectar dados e ver resultados. A desvantagem, no entanto, é que esses aplicativos não executam outros tipos de simulação. Eles são inflexíveis, criados especificamente para um cenário, embora as equipes de engenharia possam criar dezenas e dezenas de aplicativos adicionais, cada um para um cenário diferente.
 

Simulações baseadas em modelo, automatizadas por fluxo de trabalho e iniciadas por analistas


Essa abordagem utiliza também ferramentas automatizadas de aplicativos especializadas, mas, nesse caso, esses recursos são criados para analistas. O objetivo não é simplificar nada. Em vez disso, é sobre automação e velocidade. Os analistas especialistas podem criar designs nesses aplicativos baseados em modelos, ir embora e voltar em algumas horas para obter os resultados. Igualmente importante, eles confiam nos resultados, porque os aplicativos foram otimizados para resolver seu cenário específico.
Desta forma, os engenheiros não são os únicos a empregar simulação no início do processo os analistas também. Esses aplicativos aumentam o tráfego, para que os analistas participem mais cedo do processo de design. A automação de aplicativos permite que os engenheiros entreguem aos analistas seus projetos no início do desenvolvimento e ainda recebam feedback super rápido.
 

Qual abordagem funciona melhor?


Na verdade não existe um ganhador. O ajuste depende das necessidades de design da organização. Duas dessas opções exigem mais tempo dos engenheiros para realizar as análises mais cedo, o que, por sua vez, permite que eles obtenham benefícios durante no projeto. A outra opção coloca mais demanda para o time de analistas especializados. As empresas devem decidir qual método atende às suas necessidades. O que está claro nesse cenário? A simulação deve estar na frente e no centro do kit de ferramentas do engenheiro.
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